A linguagem da obra deriva do conceito de expansão e cristalização (congelamento) de uma massa de ar que advém do interior de um edifício: como o calor da componente íntima que cristaliza em espaço público ou quando “exposto” ao confronto público-privado. A obra, escultórica, com estruturas leves e grande escala, utiliza luz (LED) para destacar a sua forma e volume. O artista plástico João Dias cria uma obra site-specific no decurso de um período de residência, para o exterior da Fábrica da Criatividade.
João Dias é um artista com foco no desenvolvimento de linguagens visuais que exploram as relações entre escultura, arquitetura e – sobretudo – práticas arqueológicas. Para isso, utiliza estratégias de pensamento derivadas da pintura e do desenho para explorar os meios contemporâneos e os materiais industriais, refletindo sobre os limites da linguagem plástica e da Tradição. Com as suas obras procura criar e estabelecer elementos que, em certa medida, representem o tempo em que são concebidos / produzidos, tornando-se potenciais artefactos – produtos ou subprodutos – da sua própria Época (embora sem uma cronologia identificável para eles ) Se no caso de obras para espaço público, orientadas para o espaço específico, a intenção subjacente é a de uma interação com o artefato; nesses pequenos artefatos resultantes de processos, por outro lado, há uma dimensão de propriedade e apropriação de objetos que apresenta narrativas parcialmente descodificadas. O seu trabalho foi apresentado em Portugal (destacando exposições em Lisboa, Porto e Viseu) mas também internacionalmente em cidades como Munique, Berlim, Gdańsk, Barcelona, Múrcia, Londres, Paris, Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque, e foi premiado com bolsa INOV-ART para a cidade de Berlim, onde residiu entre 2008 e 2012. A sua obra encontra-se nas coleções da Fundação PLMJ, Edge Arts Collection e Multiples Collection de Carpe Diem. É representado pela Galeria das Salgadeiras (Lisboa, PT).
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